Reações pós-vacinais
O procedimento vacinal está longe de ser considerado algo
simples e corriqueiro. Muitas vezes, apenas quando nos deparamos com problemas
relacionados à vacinação (como em casos de alergias, por exemplo) é que nos
damos conta de que a vacinação não está fora de riscos. Dentre eles, devemos
nos lembrar dos casos de alergia, da ocorrência de vasculite localizada no
ponto de aplicação (comumente levando à ocorrência de alopecia no local da
aplicação), dos danos causados aos fetos de mães vacinadas com vacinas vivas-atenuadas
e, em casos mais graves, da ocorrência de sarcomas no ponto de aplicação
(MEYER, 2001). Estas reações adversas são consideradas raras, e na maioria das
vezes nunca foram observadas por grande parte dos veterinários, no entanto,
devemos estar alertas a elas, mantendo os proprietários informados de que podem
ocorrer a cada vacinação. Neste âmbito, acredito que o conhecimento é a melhor
ferramenta do Médico Veterinário De modo geral reações associadas ao uso das
vacinas podem ser divididas em locais e sistêmicas ou "normais" e
"inapropriadas" - Alguns dos principais efeitos adversos da vacinação
(TIZARD, 2002). Reações locais Dor, edema, inchaço e granulomas São
consideradas as reações mais comuns. Uma forma de toxicidade imediata é a
ardência produzida por alguns agentes inativadores, tal como o formaldeído.
Isso pode representar problemas não só ao animal a ser vacinado, como também,
se o animal reagir violentamente, ao vacinador. Mais comumente pode-se observar
o desenvolvimento de inchaços locais no ponto de aplicação. Esses inchaços
podem ser firmes ou de consistência pastosa (edematosos), quentes ao toque, e
costumam durar cerca de 1 semana, surgindo 1 dia após a vacinação. A formação
de um nódulo no local da aplicação, em geral, é decorrente de uma resposta
inflamatória desencadeada pela vacina, sendo considerada normal e até esperada
em até 3% dos animais. Os nódulos pós-vacinais costumam desaparecer em 15 dias,
a não ser que evoluam para a formação de um granuloma (reação de
hipersensibilidade tipo IV ou tardia) no local de aplicação. Considera-se
normal a manutenção de um pequeno granuloma no local de aplicação por um
período de até 3 meses (desde que não evolua em tamanho), e a partir de então,
preconiza-se a realização de medidas diagnósticas precisas, como a biópsia
incisional ou excisional. A produção de dor imediata no momento da aplicação
pode estar relacionada à distensão do tecido subcutâneo, pela proximidade entre
o local de aplicação e algum nervo periférico, a alterações na osmolaridade ou
pH da vacina, ou ainda, pela diferença de temperatura entre a vacina e o corpo
do animal. A formação de abscessos está relacionada à entrada de agentes
contaminantes (fungos, bactérias, etc) no tecido subcutâneo no momento da aplicação
da vacina. Muitas vezes, no entanto, o abscesso pode ser decorrente de
traumatismos posteriores à vacinação, muito comumente observados em casos de
animais de que coçam ou mordem o local de aplicação (em resposta ao incômodo
desencadeado pela vacina).
Mas nunca deixe de fazer o acompanhamento das vacinas de seu pet, tente junte com o veterinário encontrar algo que não de reação colateral em seu pet, porque ele precisa das vacinas pra criar suas imunidades e defesas.